Argentina, Chile: Transpatagónica e Parque Tierra del Fuego

Voos Lisboa – Buenos Aires. Transporte para o hotel.

Voo para El Calafate, uma vila no meio dos Andes e do Parque Nacional Los Glaciares. Transporte para o albergue e jantar com o guia. Estalagem. (Pa,J)

Viagem de autocarro até El Chaltén (220 km, 3h), uma pequena e pitoresca aldeia no sopé dos maciços do Fitz Roy e Cerro Torre. Início da caminhada no Parque Nacional los Glaciares subindo um declive suave em trilho fácil para ganharmos altura sobre o vale do Rio de las Vueltas, até chegarmos aos primeiros miradouros do maciço Fitz Roy. Chegados à zona de campismo de Poincenot (4h) encontramos o acampamento já montado, deixamos aí a nossa bagagem e iremos desfrutar de um passeio panorâmico à volta da lagoa que reflete o monte Fitz Roy. (Pa, Pc, J)

Antes do pequeno-almoço iremos apreciar as impressionantes paredes graníticas do Fitz Roy a serem salpicadas por tons rosa, um espectáculo imperdível. Depois do pequeno-almoço caminharemos por um trilho até chegarmos ao campo base do Fitz Roy, que nos leva até ao rio Blanco. A partir daqui, um trilho íngreme conduz-nos a um dos miradouros mais espetaculares do Parque Nacional: a Laguna de los Tres, com os seus tons azuis e prateados, situada no sopé do maciço. Belíssimo panorama muito luminoso em redor reforçado pelos pináculos e glaciares do maciço Fitz Roy. A altura das suas paredes atinge entre 600m a 1500m acima da base dos glaciares circundantes. O Fitz Roy com seus 3405 metros acima do nível do mar, é considerado o “rei da Patagónia” e também considerada uma das montanhas mais belas do planeta. Regresso à Laguna Capri. (4-5h) (Pa, Pc, J)

Marcha subindo através de prados verdejantes passando por algumas matas de faias. Em pouco tempo chegamos ao alto de uma colina de onde veremos a cadeia do Cerro Torre (3128m), outra belíssima agulha granítica, os seus glaciares e todo o vale arborizado que conduz ao campo base Bridwell e à Laguna Torre, de cor verde, originada pelas águas do degelo. As escarpas finas do Cerro Torre e demais agulhas da longa cumeada complementam este cenário magnífico. De caminho poderemos ver alguma família de cauquéns (gansos) num dos inúmeros charcos, ou ter a sorte de deparar com um pica-pau patagónico. Regresso a El Chalten, pernoita em estalagem. (3-4h) (Pa, Pc)

Hoje subiremos ao monte Loma del Pliegue Tumbado com 1500m, que se situa a sul do vale Cerro Torre e irá oferecer-nos panoramas soberbos das montanhas nevadas e dos glaciares. Do seu cimo, o Paso del viento, admiraremos o Fitz Roy, o Cerro Torre e o vale glaciar entre eles. Também veremos ao longe vários dos cumes dos montes que sobressaem do mar de gelo que é o Hielo Continental. A meio da tarde regressamos a Chaltén através do vale do rio Fitz Roy. (4-5h). Pernoita em estalagem. (Pa, Pc)

Manhã livre para visitar a pitoresca aldeia ou para fazer excursões opcionais, tais como o Lago del Desierto (uma bela floresta de faias rodeada por um lago, com glaciares suspensos no seu lado oeste), ou para descobrir dados muito interessantes no Centro de Visitantes do Parque Nacional. À tarde partimos para El Calafate, a porta de entrada para a região dos glaciares do Parque. (220 km) Pernoita em estalagem. (Pa)

Dia dedicado a visitar uma das maravilhas naturais do Mundo, o Perito Moreno, um gigantesco glaciar com cerca de 60m de altura, um dos poucos a nível mundial que avançam de forma significativa. Este tipo de gelo glaciar flui desde as massas de gelo da Patagónia, um grande lençol de gelo que, com seus 22000 km2 é a terceira maior massa glaciar do mundo, depois da Antártida e da Gronelândia. Veremos e ouviremos a sua insólita actividade que se traduz no ruído do gelo comprimindo-se e à colossal queda de blocos. A queda de enormes blocos de gelo para dentro do lago azul turquesa é sempre um espectáculo aliciante. Passeio em redor do glaciar pela estepe onde iremos observar uma grande variedade de fauna e de flora. Pernoita em estalagem. (Pa)

De manhã seguimos de autocarro pela floresta de estepe, seguindo ainda por partes da lendária Rota 40, para contornar a Sierra de los Baguales, uma impressionante cordilheira entre Calafate e Paine. Atravessamos a fronteira entre a Argentina e o Chile em Cancha Carrera/Cerro Castillo. Depois continuamos até ao Parque Nacional Torres del Paine, Património Mundial da Unesco desde 1978, devido à sua beleza e variedade de paisagem, flora e fauna. Ao aproximarmo-nos do Parque, começamos a ver as diferentes montanhas que caracterizam a região: os chamados Cuernos del Paine, o Nieto e as Torres del Paine, três pináculos rochosos que sobressaem de um circo glaciar espectacular. Assim que entramos no Parque faremos uma caminhada (1-2h) para nos familiarizarmos com a paisagem, com o vento e com a riquíssima vida selvagem: guanacos, pequenos nandus, condores e todos os tipos de aves de zonas húmidas e ainda aves canoras, bem como diversos tipos de flores. Acampamos em Las Torres. (Pa, Pc, J)

Início da marcha e travessia da ponte suspensa sobre o rio Ascensio. Subida suave pelas encostas do maciço em terreno aberto, passando sobre as gargantas e a bonita cascata deste rio. À medida que subimos vamos observando ao longe várias montanhas e lagos. Um declive suave leva-nos ao Refúgio Chileno, o local de acampamento, e continuamos por um carreiro junto ao rio e pelo interior de uma bela floresta de faias. Uma subida final pela colina leva-nos até ao miradouro Torres del Paine: uma lagoa de origem glaciar e as três esplêndidas torres erguendo-se a 1000m do glaciar. Incrível panorama e ambiente severo de rocha e de gelo. Regressamos ao nosso acampamento em Las Torres pelo mesmo caminho. (6h) (Pa, Pc, J)

Partida de autocarro para Puerto Pudeto (1h) para embarcarmos no catamarã que atravessa o Lago Pehoé. Chegados à outra margem do lago largamos a bagagem no acampamento e partimos para o trilho do Vale do Francês. O carreiro contorna as encostas sul de Cerro Paine Grande e do Lago Skottberg e vamos subindo e descendo este terreno ondulado até que finalmente avistamos uma parede imensa de cor clara e estratos negros no cimo, com uma grande brecha a meio, de onde cai uma cascata. São os Cuernos del Paine, outros dos rochedos mais impressionantes deste parque. Continuamos a nossa caminhada por mais 1h, até chegarmos aos miradouros, cuja paisagem é deslumbrante. Após pausa para pic nic e apreciar as redondezas regressamos ao campo Paine Grande na margem do imenso lago Nordenskold. (5-6h) (Pa, Pc, J)

Partida para o enorme Lago Grey, salpicado de insólitos icebergs que provêm do imenso glaciar com o mesmo nome. Seguimos pelo Vale Grey contornando o lago, subindo e descendo as encostas ocidentais de Cerro Paine Grande que oferece das vistas mais impressionantes do parque. Vários miradouros permitem-nos observar o extremo sul do lago onde os belíssimos icebergues azuis se reunem e as montanhas erguem-se ao longe acima dos glaciares Grey e Tyndal. Chegamos ao miradouro principal, um cume rochoso a 2h de distância de Pehoé, com vistas sobre o lago e glaciar Grey e ainda sobre as montanhas e os glaciares circundantes. Regresso pelo mesmo percurso atravessando zonas de pântanos, turfeiras e belas florestas. De regresso ao refúgio Paine Grande, embarcamos no barco para atravessar o Lago Pehoé e viajamos de autocarro para a nossa estalagem em Puerto Natales, no Chile, uma interessante aldeia piscatória na margem de um fiorde do Seno Última Esperanza. (Pa,Pc)

Seguimos para sul até ao lendário Estreito de Magalhães. Em Primera Angostura embarcaremos no ferry que cruza o Estreito. Esta passagem, descoberta por Fernão de Magalhães em 1520 foi o caminho natural e lógico para todos os navios até à abertura do Canal do Panamá, no princípio do séc. XX. Provavelmente irá questionar-se como era possível que aqueles homens se atrevessem a navegar nestas águas com tão frágeis caravelas. Chegados à Terra do Fogo (é literalmente a Terra do Fogo devido aos incêndios observados pelos primeiros marinheiros brancos ateados pelos índios para cozinhar e se aquecerem), entramos novamente na Argentina, através de Paso San Sebastián.

Continuamos rumo ao sul até Ushuaia passando pelo belo lago Fagnano situado no meio das montanhas dos Andes. Chegaremos a Ushuaia, a cidade mais austral do mundo, e seguimos para o Parque Nacional que está no canto sudoeste do lado argentino da ilha, na fronteira com o Chile. A principal atracção do Parque e de toda a ilha são as montanhas que escorregam até ao mar. Os panoramas são soberbos! Pernoita em lodge de montanha. (Pa)

Dia livre em Ushuaia. Hoje poderá escolher visitar uma pinguinera, o Parque Natural da Tierra del Fuego para caminhar ou descer o rio Lapataya em kayak, visitar a célebre prisão, e demorar-se num almoço com uma bela santola das águas geladas.

Pernoita em lodge de montanha. (Pa)

De manhã faremos um passeio de barco no canal Beagle para observarmos colónias de lobos marinhos e curiosas aves, onde se destacam os elegantes cormorants. Durante o nosso passeio apreciaremos esta paisagem distante do canal, em que nos veremos rodeados de cumes nevados fustigados pelo vento nestas paragens tão remotas. Chegaremos ao emblemático farol Les Eclaireurs, admiraremos as ilhas Los Lobos e Los Patos, visitaremos o Museu Acatushun na pioneira Estância Harberton e teremos a oportunidade inesquecível de caminhar entre os pinguins na Isla Martillo.

Nota: Recomendamos que compre alimentos e bebidas no dia anterior ao início desta atividade.

Pernoita em estalagem. (Pa)

Manhã livre para visitar a Ushuaia, que se situa no litoral norte do Canal Beagle, onde poderá deambular pela cidade apreciando a arquitectura das suas casas de cariz alpino, ou visitar um dos seus museus ou simplesmente passear à beira-mar, imaginando o que teriam sentido os primeiros navegadores que aqui chegaram. À tarde, transporte para o aeroporto e voo para Buenos Aires. Transporte para o hotel. (Pa)

Manhã livre em Buenos Aires. Transporte para o aeroporto e voos Buenos Aires – Lisboa. (Pa)