Peru: De Machu Picchu ao Lago Titicaca e a Arequipa

Voos Lisboa-Lima, transporte para o hotel. Encontro com o guia e o grupo ao final do dia para troca de informações sobre o programa que iremos iniciar.

Partida cerca das 5h30 para Paracas (4h). Passaremos por um geoglifo muito curioso de origem pré-inca que consiste numa forma de tridente com 150m de altura. Embarque na praia El Chaco para as ilhas Ballestas. Estas ilhas são uma importante reserva natural de vida marinha e oferecem a maior concentração de aves marinhas no Mundo. Aqui poderemos observar cerca de 150 espécies diferentes de aves, das quais cormorants, pinguins, flamingos e pelicanos. As ilhas contém uma colónia importante de uns milhares de leões marinhos, e veremos os golfinhos brincando em redor do barco. Este cruzeiro estará dependente do estado do mar. Regresso a terra e viagem para Ica (1h), no centro da importante região vitícola do Peru. Pa

Partida para Nazca (2h). Nazca é uma vila oásis famosa pelos incríveis desenhos que só se conseguem apreciar bem vistos do ar. A tarde será livre e poderá aproveitar para sobrevoar as linhas de Nazca (opcional), insólitos desenhos de animais realizados com pedras que representam lagartos, macacos, condor, etc com mais de cem de metros de comprimento. Os desenhos terão sido formados por três grupos de povos: os Paracas (900-200 aC), os Nazca (200aC-600dC) e os Ayacucho (cerca de 630 dC). Há outras visitas opcionais na zona como os aquedutos subterrâneos, minas de ouro e apreciar o comércio de cerâmica. No cemitério de Chauchilla (opcional) poderá ver as múmias ainda com cabelos e pele intactos. Pa

Partida do deserto costeiro para o interior, subindo muito alto nas encostas das montanhas dos Andes numa longa (12-13h) e espetacular viagem. Vicuñas (um parente selvagem menor da lama) poderão ser vistas ao longo desta estrada, já que esta área é a maior reserva de vicunhas do Peru. Esta região só recentemente se tornou facilmente acessível aos viajantes devido à reforma da estrada Abancay-Chalhuanca. A altitude aqui pode dificultar o esforço físico; o ponto mais alto que alcançamos hoje é o Negro Mayu, uma passagem alta com cerca de 4600m. Recomenda-se descansar bem à noite e poupar no esforço físico. Esta noite alojaremos em Abancay, no caminho para Cuzco. Pa

Partiremos em direção a Cusco esta manhã, parando para visitar a pedra Inca Saywiti e as ruínas de Tarawasi. Os cumes glaciares da cordilheira Vilcabamba e a descida para o vale do rio Apurimac demonstrar-nos-ão os contrastes dramáticos da Cordilheira dos Andes, e deveremos esperar admirar paisagens deslumbrantes ao longo de 7-8h de viagem.

Recomenda-se relaxar ao chegar a Cusco e beber muita água ou chá para permitir que o seu corpo se adapte à altitude (3400m). Pa

De manhã faremos um passeio pelas vielas da antiga capital inca com os seus vestígios arqueológicos e ricos monumentos espanhóis. Passeio nos seus bairros típicos, a destacar o bairro dos artesãos, apreciando a excelente arquitetura colonial espanhola bem como os vestígios de antigos palácios incas, a salientar a Plaza de Armas com a sua catedral e museu, a igreja de San Blas e os típicos quarteirões em redor.

A tarde será livre. Sugerimos a visita do Parque Arqueológico de Sacsayhuaman, a massiva fortaleza de três muralhas em zig-zag construída com blocos imensos (o maior mede 8.5 mtr de altura e pesa 361 toneladas!), sendo considerado um dos mais impressionantes monumentos megalíticos do mundo antigo. Veremos os vestígios dos seus três torreões e suas condutas de água, o reservatório, o trono do inca e inúmeros rochedos esculpidos com fins religioso; Tambomachay, o Banho do Inca, local reservado às abluções dos incas onde a água é canalizada através de condutas para um tanque; Puca Pucara um conjunto de estalagens que serviu para albergar viajantes, seus animais e mercadorias. Mais à frente deparamos com o santuário de Qenco, que nos demonstra uma das mais interessantes características da arte religiosa inca: a escultura de rochedos aproveitando a sua forma. Aí encontramos o famoso zig-zag onde se canalizava o sangue dos sacrifícios, o condor, o puma e dois cilindros que serviriam para fins astronómicos. O interior das cavernas era utilizado para fins cerimoniais e está finamente talhado com escadarias, nichos, altares, etc; Pa

Para a maioria das pessoas, o destaque desta viagem é a visita à maior ruína do Mundo, a cidade perdida de Machu Picchu. Esta é uma das maravilhas da arquitetura e da engenharia do mundo antigo num cenário de montanha de impressionante imensidão. Os espanhóis nunca a descobriram e os incas não deixaram algum registo dela. Por isso Machu Picchu permanece um grande enigma, uma cidade perdida durante séculos na selva até ser redescoberta em 1911 pelo historiador americano Hiram Bingham.

Viajaremos para a estação de comboio de Ollantaytambo para embarcarmos para Aguas Calientes, o povoado abaixo de Machu Picchu. A linha férrea segue uma bela rota pelo vale do rio Urubamba. À tarde, faremos uma curta viagem de autocarro pela estrada sinuosa até Machu Picchu para uma visita guiada às ruínas.

O regulamento para visitar Machu Picchu limita a duração da visita a 4h e teremos de estar acompanhados por um guia. Há três itinerários definidos para visita de Machu Picchu; utilizamos o itinerário mais abrangente. Note que explorar as ruínas envolve uma caminhada razoável, incluindo subir e descer degraus de pedra íngremes e irregulares.

A visita à tarde tende a ser mais silenciosa do que a da manhã e a névoa que envolve as ruínas ao amanhecer costuma dispersar.

Machu Pichu: a cidade está dividida num sector agrícola, com inúmeros socalcos que cobrem todas as suas vertentes, e num sector urbano. A zona elevada deste constitui o bairro nobre com residências, palácios e templos, além da pia principal para abluções. Todas as suas edificações apresentam um excelente trabalho de maçonaria, a destacar o Templo do Sol, e a pirâmide no cimo da qual se encontra um belíssimo Intihuatana esculpido na rocha. Do outro lado da praça encontram-se os grupos de habitações dos artesãos e agricultores, militar e administrativo, as prisões e os armazéns. Regresso e alojamento em Aguas Calientes. Pa

Hoje teremos a manhã livre para apreciar a agitação desta pequena aldeia na selva abaixo das ruínas. Existem algumas nascentes termais próximo que, devido á sobrefrequência, não são recomendadas devido à fraca qualidade da água.

Se desejar visitar Machu Picchu novamente esta manhã, o guia auxiliará na compra de um segundo bilhete de entrada (sujeito a disponibilidade) que lhe permitirá 4h para explorar a ‘Cidade Perdida’ – para a segunda visita não é obrigatório ter um guia. À data, o bilhete matinal custa PEN152 (aproximadamente US$ 47).

À tarde embarcaremos no comboio de volta a Ollantaytambo e depois continuaremos no minibus até Cusco, chegando no final da tarde. Pa

Dia livre. As visitas sugeridas no dia 6 não conseguem ser todas realizadas numa tarde, por isso hoje será o dia para cumprir outras à sua escolha. Pa

Hoje viajaremos por 8-10h ao longo do rio Vilcanota e ao longo do altiplano, as altas planícies que separam os Andes da selva. Embora seja uma longa viagem, as paisagens são espetaculares.

Atravessaremos uma região de grandes montanhas e depois o altiplano a perder de vista, observando os nativos pastoreando lamas e alpacas, ou lavrando a terra com arados de madeira puxados por bois. Haverá paragens programadas em lugares interessantes para ajudar a quebrar o dia e poderemos apreciar a imensidão das paisagens andinas. À tarde chegaremos às margens do lago Titicaca (3800m) e embarcaremos num barco para a nossa viagem até à ilha Amantani. Caminhadas pela ilha oferecem excelentes vistas do lago, enquanto a noite passada com uma família local é uma fantástica imersão cultural em vidas muito diferentes das nossas. (Um pic nic embalado estará incluído hoje). Pa,A,J

Amantani é uma ilha no lado peruano do lago Titicaca. Em 1988 tinha uma população de 3663 falantes de quechua divididos em cerca de 800 famílias. A ilha é circular e tem cerca de 9,28 km2 de área. Tem duas colinas, Pachatata (“terra pai”) e Pachamama (“terra mãe”), com antigas ruínas incas e tiwanaku no topo de ambos. As encostas são talhadas em socalcos, na sua maioria trabalhadas manualmente e plantadas com trigo, quinoa, batata e outros vegetais. Gado, incluindo ovelhas, pasta nas encostas.

A manhã será passada explorando a ilha e conhecendo as condições de vida muito simples do seu povo agrícola e pescador que fala quechua. De notar que todos os homens vestem de igual: barrete branco, colete e faixa à cintura. Não existem estradas nem veículos (nem mesmo bicicletas) nem há eletricidade. De caminho para Puno visitaremos as curiosas ilhas flutuantes de Titinos, que são formadas por múltiplas camadas de juncos (totora) assentes sobre o fundo do lago. Você irá caminhar sobre uma delas e sentirá o solo esponjoso ceder sob os seus passos. Veremos os pescadores lançando as redes dos seus botes construídos de juncos. Pa

Hoje voltaremos a cruzar o altiplano. Desta vez seguiremos para sudoeste, em direção à costa para o elevado desfiladeiro Colca (5-6h). No caminho, teremos a oportunidade de ver vicunhas e possivelmente flamingos, cruzando o colo Patapampa (4810m) antes de descermos para o que é considerado o segundo desfiladeiro mais profundo das Américas (o mais profundo, o Canyon Cotahuasi, também fica no Peru), a encosta do desfiladeiro tem 1200m de profundidade! Bela paisagem de montes elevados e de inúmeros socalcos agrícolas pré-incas e incas moldando-lhes as encostas. À noite, haverá tempo para uma visita às nascentes termais perto de Chivay (3635m) – um prazer reconfortante após o frio do Lago Titicaca. Pa

Partida matinal para a borda do desfiladeiro para admirarmos o vasto panorama e apreciarmos o voo dos condores. Veremos extensos socalcos, elegantes igrejas coloniais e túmulos antes de partirmos para Arequipa através do colo Patapampa (4810m).

Chegada a Arequipa (2350m) e resto do dia livre para apreciarmos esta bonita vila colonial e apreciar o seu ambiente campesino. Está situada no sopé de grandes montanhas nevadas onde se destacam El Misti (5822m) e Chachani (6075m).

Além da arquitetura colonial muito interessante no centro antigo, uma das suas principais atrações é o Convento de Santa Catalina, que é quase uma cidade em si com o seu labirinto de ruas plenas de atrações. Não perca o café das freiras com excelentes bolos e biscoitos recém assados! Outra atração popular é o aclamado Museo Santuarios Andinos, que abriga muitas múmias bem conservadas. A mais famosa das múmias é Juanita, uma jovem donzela inca que foi sacrificada ao redor do ano AD 1450 no topo do vulcão Nevado Ampato para apaziguar os deuses e pedir uma boa colheita. Juanita foi sacrificada e congelada pela queda de neve no topo da montanha, daí o apelido de “princesa de gelo”. Ela foi redescoberta na década de 1990, quando a cinza do vulcão derreteu a neve ao redor dela. Pa

Pela manhã visitaremos o enorme e sereno convento de Santa Catalina. Construído em 1580 e aberto ao mundo exterior apenas na década de 1970, oferece uma visão rara da vida das freiras e pouco mudou ao longo dos séculos. Ainda vivem cerca de 20 freiras no canto norte do complexo. À tarde ou à noite voaremos para Lima onde nos transportarão para o hotel em Miraflores. Pa

Tempo livre antes de viajarmos para o aeroporto. Lima foi fundada pelo conquistador Francisco Pizarro em 1535 depois de dominar os incas. Se tiver tempo livre poderá visitar o museu do Ouro, o museu da Inquisição, as Catacumbas sob a igreja de S Francisco. Há duas praças importantes: a Plaza de Armas e a Plaza San Martin. A Plaza de Armas contém a Catedral, o palácio Municipal e o palácio Presidencial onde a guarda é rendida todos os dias às 12h. Pa