Aliciante viagem em veículo de todo-o-terreno para percorrermos uma larga extensão do sul marroquino onde admiraremos as paisagens cativantes do deserto do Saara a perder de vista.
Após transpormos a barreira das montanhas do Atlas, descemos para o fértil vale do rio Dadès, onde percorremos a conhecida Estrada das Mil Kasbahs, atravessando diversos e verdejantes palmeirais.
Percorremos as imponentes gargantas do Dadès e de Todra, que chegam a atingir 400m de altura e, após atravessarmos o Saghro, chegamos às portas do deserto.
Passando Zagora, a capital das aldeias fortificadas do deserto, os ksour, iremos acampar entre as dunas. Aqui podemos encontrar famílias de beduínos alojadas nas suas tendas negras de lã de ovelha e que vivem dos seus rebanhos. Depois, cruzamos as extensas paisagens desérticas ao longo do grande lago seco de Iriki, onde poderemos detectar gazelas, coelhos e chacais, e onde apreciamos o silêncio profundo destes vastos horizontes.
Todos os dias faremos uma breve caminhada para visitarmos povoados de montanha circundados de campos cultivados com tomate, trigo e batatas, subirmos a um alto colo ao encontro dos pastores ou para passearmos num oásis ao longo de hortas onde observamos os nativos nos seus trabalhos rurais.
Esta empolgante viagem irá oferecer-lhe uma grande diversidade de paisagens e de experiências!
Em viagem
Acordamos com uma agradável luz matinal, ao som da chaleira que anuncia um chá fumegante.
Depois de refazermos o nosso saco de viagem é o momento do pequeno almoço preparado pelos nossos cozinheiros: ovos, pão ou tostas, doce, manteiga, queijo, cereais, leite, chocolate quente, chá e café.
Deixamos o local de acampamento depois de o pessoal carregar os jipes onde seguiremos viagem. A meio da manhã faremos uma pausa para comermos frutos secos (figos, tâmaras, amêndoas, amendoim, passas) ou biscoitos.
De quando em vez faremos uma pausa para fotografar um monumento, para visitar uma aldeia ou uma kasbah, ou para nos refrescarmos num regato de águas límpidas.
A meio do dia paramos para uma refeição frugal que consiste em saladas de tomate, pepino, alface, arroz, pimento com sardinha ou atum e ovo cozido (temperadas com especiarias, vinagre ou mostarda), queijo ou fruta, chá de hortelã.
Continuamos por zonas de pastagens onde não raro encontraremos nómadas beduínos nos planaltos, acampados com os seus rebanhos.
A meio da tarde montamos o acampamento junto a um curso de água para que você possa cuidar da sua higiene e o nosso cozinheiro utilizar água. Os jipes são descarregados e as tendas são erigidas.
Enquanto o jantar é preparado você irá explorar as redondezas, ou contactar com as gentes locais, ou simplesmente repousar ao sol. No final da etapa é servido chá de hortelã com biscoitos.
O jantar será abundante e compreenderá sopa, tagine de legumes com galinha ou ovos, couscous, massas, arroz, batatas, lentilhas, chá, fruta ou queijo.
Entretanto o céu vai-se tornando estrelado e invade-nos o desejo de repousarmos na mornidão do saco-cama, que os mais ousados poderão instalar ao ar livre.
Geografia e Clima
O Atlas é composto por três sistemas distintos: o Médio Atlas, o Alto Atlas e o Anti-Atlas, que se desenvolvem no sentido nordeste-sudoeste, paralelamente e ao sul da linha Fez-Marrakech.
O Alto Atlas é a cadeia de montanhas mais importante da África do norte, estendendo-se por 750 km, desde o cabo Ghir na costa atlântica até ao planalto de Rekkam perto do Mediterrâneo, e eleva-se acima dos 2000m. O seu relevo imponente é marcado por vales cavados nos flancos das suas várias cumeadas de granito, de calcário e de xisto. Aí habitam camponeses chleuh, pertencentes a várias tribos berberes, que se dedicam à pequena agricultura e à pastorícia, a que se juntam no Verão os nómadas, vindos do sul com os seus rebanhos, nas pastagens dos altos planaltos. Nas grandes vias de comunicação encontram-se aldeias fortificadas, as kasbahs, ainda hoje organizadas segundo tradicionais normas de vida comunitária cujo celeiro, o agadir, é o símbolo de união dos residentes.
É dotado de um clima ameno no Verão, de dias solarentos e quentes e as noites frescas devido à sua altitude. O Inverno é, ao invés, uma época rigorosa devido ao frio e à neve que chegam a cortar as ligações com o exterior.
O Jbel Saghro situa-se a sul do Alto Atlas central, entre os verdejantes vales de Draa e de Dadès, e caracteriza-se por um relevo de grande erosão formado por mesetas, espantosos pináculos rochosos e suaves vales. Os seus povoados, onde se destacam os ksour de cor ocre, e onde crescem palmeiras e amendoeiras, situam-se ao longo de ribeiros, sendo os seus habitantes essencialmente agricultores. Os nómadas também ocupam esta região no Outono, quando o calor ardente do deserto abranda, sendo o seu clima agradável de Outubro a Maio. O seu clima é desértico, muito solarento, com escassas chuvas. A temperatura de dia pode variar entre 20ºC e 25ºC (25º-30ºC em Abr e Out), e de noite entre 10ºC e 0ºC (extremo de –5ºC entre Dez e Fev é possível).
O Saara marroquino goza de um clima idêntico ao do Saghro.
A época das chuvas é de Novembro a Abril, caíndo de forma ligeira e sobretudo na zona costeira e a norte da cadeia do Atlas.
O clima é temperado junto à costa (igual ao clima português).
Resumo
todo-o-terreno, breves caminhadas
Actividades:hotel, acampar
Alojamento:Pontos de Interesse
A cidade de Marrakech
Visita ao caravanserai de Glaoui de Telouat
Pequeno passeio a pé em Ouarzazate
Estrada das Mil Kashbas
Subida do Vale do rio M’Goun
A porta de Ali Babá – Bab n’Ali
A capital das aldeias fortificadas – Zagora
As dunas de Chegaga
Trajecto em várias pistas passando pelo Alto Atlas, pela região do Saghro, vales e rios
Acampamentos perto de nascentes e no deserto
Programa da viagem
D1: Voos Lisboa-Casablanca-Marrakech, transporte para o hotel
D2: Partida para colo Tizi n´Tichka (2260m), vale de Tassaoute, palmeiral de Skoura
Partida matinal para o sul. Passamos por aldeias berberes e por florestas de pinheiros, subindo lentamente numa estrada de montanha que nos conduz ao colo Tizi n´Tichka (2260m), a estrada mais alta de Marrocos. Mais à frente, entramos na pista bordejada de zimbros e de cedros paramos na ponte natural em Demnate.
Seguimos através de aldeias berberes e seus vales verdejantes entre as imponentes montanhas do Alto Atlas central. Mais adiante entramos no vale Tassaoute e seguimos ao longo do seu ribeiro numa paisagem muito tranquila. Passando o colo Fedghat (2500m) descemos pelas encostas sul do Atlas. Faremos uma caminhada na aldeia Asseghmou tomando contacto com os seus habitantes e observando o seu modo de vida. Alojamento em albergue no palmeiral de Skoura. 220 km, 4h
D3: Travessia do palmeiral de Skoura ao longo da Estrada das Mil Kasbahs, Gargantas Dadès, Boutaghrar, Boumalne Dadès
Seguimos ao longo do vale do rio Dadès. Atravessamos o verdejante palmeiral de Skoura e percorremos a Estrada das Mil Kasbahs, onde faremos alguma paragem para apreciar esses palácios. Este vale é conhecido como o Vale das Rosas pois o seu cultivo é muito intensivo e abundante. Após Alemdoune faremos um agradável percurso a pé, subindo o vale do rio M’Goun e passando por povoados de casas de lama envolvidas nos seus pomares e hortas. Passando as gargantas El Quati chegaremos à aldeia de Aznag, um povoado muito animado de gentes montanheiras. Após um pic nic seguimos a pista, passando por vários povoados de casas de pedra com curiosos celeiros fortificados, até à kasbah de Dadès em Ait Youl. Daqui percorremos as esplêndidas gargantas do Dadès, onde encontraremos alguns fortes e ksour que dominam jardins circundados de nogueiras e de ulmeiros. Passando Boumalne Dadès iremos acampar perto de uma nascente. 140 km, 3h
D4: Viajamos para Tamtatoucht, gargantas de Todra, palmeiral de Todra, Ikniouine, colo Tazazert (2300m), Bab n'Ali
Etapa de grande beleza através de uma pista de montanha que percorre um leito de rio seco. Paramos no alto de um colo a 2800m para admirarmos um esplêndido panorama sobre as montanhas do alto Atlas. Longa descida até ao bonito vale de Todra, ladeado de escarpas, passando Tamtatoucht. Magnífico percurso através das gargantas de Todra, que chegam a atingir 400m de altura. Mal saídos das gargantas, teremos a agradável visão do colorido e vasto palmeiral de Todra, com as suas kasbahs e a sua intensa actividade agrícola. Passamos Tineghir e entramos nas pistas do Saghro que se desenrolam sob imponentes montanhas vulcâncias e insólitos desfiladeiros. Em Ikniouine, após o pic nic, iniciamos a nossa caminhada nos flancos do monte Amalou n’Mansour, sobre um carreiro de pastores que conduz ao colo Tazazert (2300m). Excelente panorama sobre as esplêndidas mesetas e outras curiosas formações vulcânicas características do Saghro, a destacar as duas gigantescas colunas verticais de Bab n’Ali, a porta de Ali Baba. Acampamos perto dos campos do pequeno oásis de Bab n’Ali, na aldeia Ait Merside. 90 km, 2h30
D5: viagem por Tansikht, o oásis de Ait Saoune, Lalla Kebira ao longo do rio Drà, Beni Ali, atravessamos o Jbel Bani, dunas Regabi
Breve caminhada entre o colo Tazazert e o vale Ousdidene apreciando as muito curiosas formações de rocha da região. Seguimos viagem pela pista desértica através de vales áridos, avistando alguns pequenos palmeirais ao longe, que protegem as hortas do sol. Depois, entramos numa região de planalto até chegarmos a Tansikht. Atravessamos montanhas desérticas, passamos o oásis de Ait Saoune e entramos no vale do rio Drâ e a paisagem muda. Entramos num largo e agradável vale cultivado, onde se destaca a grande quantidade de tamareiras, e que conduz a Zagora, a capital das aldeias fortificadas, os ksour, e ponto de partida para a travessia do deserto até Tombouctu (52 dias a pé!).
Seguiremos em paisagem desértica para adiante instalarmos o nosso acampamento nas dunas Regabi. Nasrate é uma interessante povoação com ksours no meio de palmeiras e de grandes dunas. Possui um antigo ksar que será interessante visitar. Sendo construídos de argamassa, os ksour necessitam de ser reparados frequentemente. Em tempos idos, os assaltantes usavam a táctica de divergirem cursos de água ou canais na direcção do ksar, deixando a acção da água demoli-los naturalmente. 110 km, 3h
D6: Passeio sobre as dunas de Chegaga depois atravessamos o lago seco de Iriki, Zaouiat Sidi Abdenbi, Lamdawar Esghir
Divertido passeio sobre as dunas de Chegaga, no silêncio do deserto, sempre acompanhados pelo panorama da sua imensidão e por distantes miragens. Aqui você irá deixar as suas pegadas nas cristas de areia fina. A fauna que podemos encontrar nestas paragens inclui gazelas, coelhos, chacais e lagartos. Nesta zona poderemos encontrar famílias de beduínos alojadas nas suas tendas negras de lã de ovelha e que vivem dos seus rebanhos. Seguimos viagem pela pista até ao grande lago seco de Iriki, e continuamos pela vasta paisagem desértica até Zaouiat Sidi Abdenbi e, mais à frente, Lamdawar Esghir no fim da pista (5h). Tenda. 80 km, 2h
D7: Seguimos por Foum Zguide, Tazen Akht, Tamallakout, regresso a Marrakech, através do colo Tizi n'Tichka
Passada a zona desértica, entramos no vale verdejante de Foum Zguide com inúmeras hortas, pomares e palmeirais. Chegamos a Tazen Akht, aldeia onde se produz açafrão, e que é um importante centro de produção de tapetes Ouaouzguits. A meio do dia iniciamos a nossa caminhada pelo vale de Anezal, percorrendo caminhos que a população utiliza para se deslocar. Atravessamos campos de cultivo e teremos a oportunidade de apreciar os nativos nos seus trabalhos rurais, bem como travar conhecimento com alguns. Chegados à aldeia de Tamallakout (2h), tomamos um pic nic e seguimos viagem de regresso a Marrakech, através do colo Tizi n’Tichka. Alojamento em hotel. 320 km, 6h
D8: Transporte para o aeroporto, voos Marrakech-Casablanca-Lisboa
Leia as histórias e os relatos de quem já viajou nas Rotas do Vento: Testemunhos de Viajantes
Inclui:
- Os voos em classe turística em linha regular
- Riad em quarto duplo com banho e pequeno-almoço em Marrakech
- Tenda dupla em pensão completa
- Todos os transportes internos em veículo todo-o-terreno
- Serviços de motorista e de cozinheiro
Não inclui:
- Equipamento pessoal
- Visitas nos dias livres
- Refeições nas cidades
- Ar condicionado no transporte terrestre
- Suplemento para quarto individual
- Seguro de viagem
- Taxa de aeroporto em Marrakech de Eur 9
- Guias para visita de cidade,
- Gorjetas
Condições Particulares de Participação
Suplemento individual: Eur 100 por pessoa.
Suplementos época alta: partidas em Abr +Eur 160, Jun-Ago +Eur 80, Dez 26-31: +Eur 240.
Inscrição: Deve enviar-nos a ficha de inscrição preenchida junto com 30% do preço. Devido à grande afluência de viajantes nestas épocas, a sua inscrição deverá ser confirmada com a maior brevidade.
Descontos: Saiba como pode obter descontos de até 7% nesta viagem. (link para outra página)
Partidas do Brasil: Consulte-nos sobre o itinerário de voos a partir da sua cidade a fim de lhe prepararmos uma proposta. Por favor indique o nome do programa, a data de partida, a cidade de onde partiria e os nomes das pessoas que viajariam consigo.
Partidas do Porto: Consulte-nos com a maior antecedência.
Preço: Válido em 2023.
Nota: O preço dos voos é baseado em estimativas razoáveis para os trimestres futuros. As companhias aéreas poderão impor aumentos de preço dentro de prazos reduzidos por motivos vários que se prendem com economia, segurança e demais exigências legais.
Extensão em Marrakech: Para conhecer melhor o exotismo de Marrakech, propomos-lhe alongar a sua estadia por um preço de Eur 52 por noite por pessoa em quarto duplo (Eur 76 em quarto individual) mais Eur 14 de transporte ao aeroporto – pode partir mais cedo de Portugal ou permanecer após o final do programa.
Seguro: O preço do seguro para esta viagem é de Eur 48 que abrange um período até 16 dias (por favor consulte as coberturas).
Material Fornecido: Tendas duplas, tenda refeitório, colchonetes.
Alojamento: Riad em Marrakech 3*, tendas duplas durante o passeio.
Transportes: Voos nas Easyjet, Ryanair, TAP, Royal Air Maroc consoante a disponibilidade, transportes internos em veículos fretados (autocarro ou jeep).
Acompanhamento: Guia profissional marroquino falando francês.
Grupo: Mín 2 pessoas, máx 16.
Programa: Em função das condições do tempo, da condição do grupo ou outras justificáveis o guia poderá alterar o programa do percurso pedestre, nomeadamente os locais de pernoita. O programa poderá ter de ser ajustado em função de alterações dos horários aéreos. Nos meses de junho e outubro a temperatura poderá ser mais elevada do que o esperado para a época.
Documentação: Passaporte válido; os portugueses não necessitam de visto.
Vacinas: Nenhuma obrigatória.
Equipamento: Botas ligeiras para marcha, sapatos de ténis, saco-cama de 3 a 4 estações (em fibra ou plumas), mochila pequena, saco de nylon flexível, casaco impermeável.
Nota: Após a sua inscrição receberá uma lista detalhada do equipamento a levar.
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