Gargantas do M’Goun, Marrocos – Isabel P
Esta viagem surpreendeu pela grande variedade de paisagens de extrema beleza natural, ainda preservadas e repletas de tranquilidade.
Nos vales do rio M’Goun, durante a primeira hora de caminhada, fomos acompanhados por um rapaz berbere de sorriso cativante, que se dirigia para uma pequena aldeia com as suas casas feitas de barro.
Chegados ao seu destino o pai, que o esperava, acolheu o nosso grupo com grande hospitalidade convidando-nos a tomar um chá em sua casa. Aceitámos com muito agrado dado o esforço e o calor da caminhada.
As paredes exteriores em lama desta casa não deixavam adivinhar o interior irrepreensivelmente branco e limpo. Do pátio interior, onde deixámos as botas, passámos para uma sala circundada de almofadas, onde nos recebeu o ancião da família. A sua mulher veio também cumprimentar-nos inundada de sorrisos amáveis e ancestrais.
O chá foi servido juntamente com pão cozido nessa manhã e uma espécie de manteiga supostamente batida pela nossa anfitriã.
Retemperados pela hospitalidade serena desta família berbere, calçamos as botas e enfrentamos o pó do caminho, seguros que jamais esqueceríamos estes momentos.
Isabel P, Lisboa